Acordámos relativamente secos, com uns salpicos inevitáveis, e já com os madrugadores cães e donos na passeata matinal do xixi canino!
Tomámos um pequeno almoço calmo, de novo nas mesas diante do centro de actividades, com vista para o maior lago, a ouvir os audio books. O pessoal a chegar para trabalhar.
Saímos de novo para a estrada, e partilhámos a ciclovia, quando a havia, com as crianças em uniforme que iam para a escola.
A estrada para o sul, subia e descia, e lá apanhávamos uma com uma inclinação mais jeitosa que nos fazia tirar a roupa. De vez em quando lá víamos estas ovelhas de cara preta, que comunicam mais do que as outras. De vez em quando, uns pubs, albergues, tabuletas em árvores ou vilazitas que nos fazem lembrar das histórias de crianças. Que nos fazem lembrar que existe mais qualquer coisa que não estamos a perceber em Inglaterra. Toda a nossa atenção, prende-se com o lembrar em pedalar no sentido oposto, em aguentar a chuva constante e as colinas íngremes, com o trânsito a voar ao nosso lado, para variar.
Não estamos a conhecer a Inglaterra tão bem como os outros países que visitamos. Sentimos que existe muito mais para ver e com mais calma. Que o Reino Unido é em si, uma viagem de bicicleta à parte. De Norte a Sul, passando pelas Irlandas e Escócia.
A nossa Inglaterra vai ser a visita à Catarina, André, Mariana e Paulo. Vai ser o desmame de quilómetros e quilómetros em países com ciclovias e sem colinas. Vai ser o regresso à confusão das estradas e ao mesmo tempo, ao encanto da sua dificuldade.
Porque por estes lados, é difícil. Os dias passam e ainda não acertamos com a melhor estratégia para as refeições. Não nos conseguimos "ligar" às pessoas e entrar na sua maneira de ser. E para encontrar campismo selvagem, vai lá vai!
Pedalámos pela estrada, já com o sol a tocar mais uma vez o horizonte, até que à 4ª ou 5ª tentativa, nos embrenhamos por umas videiras espinhosas e entre uma sebe e um campo onde os cavalos corriam, algumas árvores, baixinhas, serviram como floresta escondida e seca, onde conseguimos refugiar-nos finalmente...
...há um ano atrás: Assanha da Paz - Bairrada
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