Tours – Le Petit Pressigny

O despertador tocou às seis e meia, para podermos dizer adeus ao Damien, que ia para o trabalho às cinco para as sete. Voltámos para o sono logo a seguir durante mais meia hora...

Com um pouco menos de ramelas, tomámos o café com leite e a conffiture caseira da Elodie. Arrumámos as tralhas, tirámos as biclas da cave e voltámos ao nosso elemento. Mesmo depois de tanto tempo e tantas vezes, continua a ser difícil dizer adeus.

Atravessámos o Loire e o Cher, por entre o centro da cidade e as vias rápidas. É uma grande cidade apesar de tudo, de carro ou de bicicleta, continua a ser um stress sair dela.
Mas não nos focámos muito nas voltas e reviravoltas em busca da estrada certa. Se tínhamos que andar para trás, virávamos e não se falava mais nisso. Acabámos por ir saindo, o tráfego acabou por ir diminuindo, e a meio da manhã, já pedalávamos na D50 secundária, com o campo ao nosso redor, e de novo munidos com um mapa detalhado até Limoges e fotos do mesmo para o resto de França. Vamos tentar aproveitar esta cartografia toda ao máximo.


Um dia de viagem como muitos outros. Sem grandes colinas ou serras no horizonte, nem demos pelo tempo a passar. Já não nos preocupamos com a água para as nossas necessidades. Quando paramos para comer, procurámos as casas de banho públicas. Em melhores ou piores condições, encontrámos sempre uma nas vilas.

Quase não ouvimos ou vimos automóveis desde que saímos de Tours

Demos o dia por terminado ainda antes das cinco, já com sessenta e poucos quilómetros nas pernas. Não era preciso mais. Na aldeia onde estacionámos, fomos ver se alguém da Marie nos indicava um local onde acampar. Mas estava fechada. Assim como todos os estabelecimentos. Parece que à segunda-feira ainda há muita coisa que não chega sequer a abrir.

Enchemos os cantis e procurámos o parque de merendas. Este tinha um lago, onde pelo que parece, é popular a pesca à truta.


Enquanto escrevo isto, alguns cavalos relincham ao longe e ouço os peixes (trutas?) a saltar no lago, e sobre nós, a proteger-nos de uma eventual chuvada, o salgueiro inclina os ramos para as suas folhas puderem beber a água do lago.


...há um ano atrás: Quirima

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