Les Cars - Saint Yrieix la Perche

Estava um frio tremendo de manhã! De não querer sair da tenda. De querer ficar mais um pouco e esperar pelo sol. A nossa safa, foi ter montado a tenda no alpendre da casa. Toda a relva e espaço circundante do parque estava carregado de orvalho gelado.

Com uma serra para ultrapassar, o briol desapareceu em menos nada, e podemos apreciar as vistas do topo. Os vales que se perdiam no horizonte, cobertos com uma neblina.


Continuamos na paz e sossego das estradas secundárias, até a Ana começar a notar algo de estranho com as suas mudanças. Não havia maneira de entrarem como deve ser. Parámos e tentamos perceber o que se passava, mas nada. Seguimos caminho. Elas iam entrando, mas mal. E quando chegámos a uma subida, que por acaso estava em obras e com o trânsito alternado por um semáforo, paramos e esperamos pelo verde. No meio da serra.... Numa subida....
O sinal verde aparece, pedalamos meia dúzia de metros, com bastantes carros atrás de nós, sem poderem passar, até que as mudanças da Ana encravam de vez! Na mais pesada! Não dava para sair da estrada e empurrar. De um lado alcatrão fresquinho, do outro uma valeta profunda. Atrás de nós, automóveis impacientes. Foi devagarinho, mas foi. A passo de caracol, lá chegámos ao fim do troço em construção e saímos da estrada para constatar que as mudanças não entravam.

A nossa sorte é que viajamos na Europa. Aqui é fácil. Uma cidade média mais à frente, teria de certeza algum entendido em bicicletas. só teríamos que perguntar até o encontrar. E foi cqui que a sorte acabou. É segunda-feira. Em França, é sinónimo de estar tudo fechado, incluindo a única loja de bicicletas da cidade. Só amanhã. Fomos então procurar um parque de campismo.

Saímos um pouco da cidade, seguindo algumas placas, até encontrarmos um lago. Pequeno, mas bonito. Estático. Um verdadeiro espelho, neste dia de calor, que mais parece Verão. O campismo, ficava mesmo junto a o lago, mas a estação alta acabou e agora só pró ano é que abria. Para nós tudo bem. O sitio, ficava suficientemente longe da cidade para nos sentirmos à vontade em acampar em qualquer sitio e esperar pelo amanhã.


Isto tudo, pela manhã.
O resto do dia, foi de sossego. De vez em quando aparecia alguém para correr à volta do lago, ou apenas dar um mergulho. Mesmo ao fim da tarde, já com o sol atrás da colina, uns gaiatos de biclas e trotinetes, apareceram e puseram-se na brincadeira dentro de água. O seu à vontade e despreocupação com o frio e a noite próximo, fez-nos lembrar do Tom Sawyer.



...há um ano atrás: Quirima

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