Adorp – Leeuwarden

Queríamos dizer adeus ao Coen antes dele abalar de moto para o trabalho e por isso toca a tirar o rabo da cama!

O que há para comer enche a mesa!
O Coen prepara-se para se por na alheta e nós perseguimo-lo com a câmera na mão a tentar apanhar alguma coisa que adoce as papilas gustativas de olhos motociclistas! Afinal é neles que pensamos cada vez que eles passam por nós e desaparecem em segundos no horizonte. Mas somos leigos e não fazemos a pequena ideia deste mundo!


Acabamos o que há a fazer em casa e a Mariek decidiu vir connosco por uns quilómetros! Não chove e só isso é razão para estar contente! Soube tão bem a pedalada com a Mariek, muito descontraída, pela ciclovia gigante e vazia, só para nós. Nós passámos a ponte, para não ficarmos à espera do barco que ia passar. Do outro lado, acenámos à Mariek um até à vista sorridente.


Seguimos sempre ao lado dos canais. Virássemos onde fosse, lá tínhamos um canal para nós!
Num cruzamento, esforcei-me para tirar a máquina a tempo de apanhar uma mãe que na sua bicicleta transportava três crianças. Uma no assento do quadro, outra no suporte traseiro e mais uma no atrelado. Seja qual for a situação em que pensemos, aqui ela existe, por isso meus amigos, as desculpas esfarrapadas são só isso. Ter filhos, ou ser mais velho é uma óptima razão para andar de bicicleta.


Chegamos às imediações de Leeuwarden. Para nós é grande demais, e nem pensar em aventuranças pela cidade, à procura de um campismo! Mas onde estávamos, tudo parecia pouco abrigado. Havia gente por todo o lado! Não queríamos passar a cidade ao fim do dia, porque queríamos visitá-la com tempo.


Lá desencantámos um grande parque. Enorme mesmo. Tudo verde, relva cortada. Lagos, com areia e pessoal a nadar. Um café fechado no meio com um alpendre jeitoso pareciam dizer-nos que ali era bom.
Fomos cozinhando, deixando a luz desvanecer e mais sossegados, montámos a barraca e protegemo-la de olhares com as bicicletas cobertas com a lona. O amarelo é um bocado espampanante e chamativo, do tipo "olhem para mim".  A lona verde seco é mais "está-se bem", "não se passa nada".


...há um ano atrás: Atouguia da Baleia - Nazaré

1 comentário:

Cisfranco disse...

Muito boas as vossas crónicas. Força!
Boa viagem!