Montmorillon

Montmorillon, a cidade da escrita.

Por todo o lado anúncios de um salão de escrita independente.. Livrarias antigas e centros de caligrafia por todo o lado, divididas por temas. Mas não nos perdemos muito em visitas pela cidade. Embora o Verão tenha finalmente chegado a nós, ficámos pelo parque de campismo, durante dois dias.


Não sem fazer nada. Se estamos na cidade da escrita, não foi por acaso que nos deu a gana e demos um tudo por tudo para tentar pôr o blogue em dia. E enquanto um escrevia e actualizava, o outro lavava e cozinhava.

De manhã, ainda com o orvalho, íamos de bicicleta buscar as baguetes quentinhas à padaria. Por alguma razão, lembrei-me do Natal em Gonfaron. O resto do dia, era na sala comum do parque de campismo, que de comum não tinha nada pois estava sempre vazia.

Lavámos a tenda, a roupa, fizemos a manutenção ao fogão e às binas.

Os dias passaram soalheiros e sem incidentes. Um pouco de paz de espírito também sabe bem de vez em quando. Não éramos os únicos. Alemães, Holandeses, Ingleses e Franceses. Todos de caravana ou atrelado a passar os dias a cozinhar e a ler ao sol. Este não é como o parque de campismo de Vila Nova de Mil fontes. Aqui, lembramo-nos mais do campismo do Coimbrão. É a versão francesa, mas mais barata que a portuguesa.


Vimos mais ciclistas a passarem por cá. Um casal que reparámos no nosso primeiro dia de manhã, enquanto eles tomavam o pequeno-almoço e fumavam uma cigarrada antes de pedalar.
Um senhor, entre os sessenta e setenta, que pedalava sozinho pela segunda vez desde a sua casa até Lourdes, no sul. 700km no total. Em sete ou oito dias! Era um valente, com um apoio lombar sempre posto e a oferecer-nos nozes que apanhou durante o dia. Antes de partir, a Ana insistiu para que levasse umas tâmaras.

Nada de quilómetros estes dias, mas serviu para pôr-mos a cabeça no sítio e para abrandar a viagem um pouco. Estamos a ir depressa demais!


...há um ano atrás: Quirima

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