Até fez confusão. Há quanto tempo não dormíamos num local tão silencioso. Nem os grilos perturbaram e apenas o bater suave de um chuvisco antes de adormecer e a ocasional maçã a cair se faziam ouvir. Uma paz de espírito e de noite.
Como não havia necessidade de nos fazermos explicar, caso aparecesse alguém, arrumámos a casa, sob o céu nublado do costume e fizémo-nos à estrada. Sem maçãs nos sacos. Ainda estavam verdes!
Porque tinha a esperança de que o dia mudasse, arrumei as botas e calcei as chanatas. Desde a Ucrânia, talvez, que não tocavam nos pedais!
Mas após estacionarmos no supermercado para a bucha da manhã e as compras do dia, a chuva recomeçou e não dava sinais de parar. Mas lá ao fundo, viam-se umas abertas e uma promessa de céu azul. As chanatas continuaram nos pés e nós não parámos até chegarmos a Fougéres. Ainda nem tínhamos lá entrado e já as placas castanhas nos avisavam que era em Fougéres que o maior castelo medieval da Europa existia. Porquê na Europa? Será que existe um maior, fora da Europa? Existe época medieval fora da Europa? Hum....
Como não havia necessidade de nos fazermos explicar, caso aparecesse alguém, arrumámos a casa, sob o céu nublado do costume e fizémo-nos à estrada. Sem maçãs nos sacos. Ainda estavam verdes!
Porque tinha a esperança de que o dia mudasse, arrumei as botas e calcei as chanatas. Desde a Ucrânia, talvez, que não tocavam nos pedais!
Mas após estacionarmos no supermercado para a bucha da manhã e as compras do dia, a chuva recomeçou e não dava sinais de parar. Mas lá ao fundo, viam-se umas abertas e uma promessa de céu azul. As chanatas continuaram nos pés e nós não parámos até chegarmos a Fougéres. Ainda nem tínhamos lá entrado e já as placas castanhas nos avisavam que era em Fougéres que o maior castelo medieval da Europa existia. Porquê na Europa? Será que existe um maior, fora da Europa? Existe época medieval fora da Europa? Hum....
O castelo não deu sinais, mas ao seguirmos as direcções para lá chegar, um banco, um vale que era um autêntico jardim, e os edifícios do outro lado, se calhar da época medieval também, obrigaram-nos a parar. Foi ali que fizemos o almoço e foi ali que sentimos o sol a dar sinal! Finalmente calor!
A barriga repleta de couves-de-bruxelas e arroz, o corpo quente do sol. A bela da vista sobre a cidade.... Os prazeres de bicicletar no sul da Normandia!
Ainda antes de sair da cidade, procurámos a MacNet. Estava curiosamente vazia! Com apenas dois rapazes a fazerem a mesma coisa que nós procurávamos. Internet! Orientámos as nossas estadias em França, lemos e respondemos aos emails, actualizámos o blogue. Actualizar não é a melhor palavra, porque estamos em França, mas o blogue acabou de entrar na Alemanha... Mas estamos a tentar!
De novo na estrada, ainda tivemos que pedalar uns valentes quilómetros até a um ponto de fácil acesso a água. Enchemos cantis, garrafas e sacos com o precioso líquido e vai de procurar uma pernoita num campo.
Procurámos, procurámos, virámos para as estradas secundárias, virámos outra vez, entrámos num caminho e virámos para outro que era só relva e mato, com umas linhas e estacas a separar o caminho dos campos lavrados ao seu redor. Vimos que o caminho ia dar a uma cancela de mais um campo e pareceu-nos ser pouco utilizado. Decidimos ficar mesmo ali. Na curva junto ao caminho.
Procurámos, procurámos, virámos para as estradas secundárias, virámos outra vez, entrámos num caminho e virámos para outro que era só relva e mato, com umas linhas e estacas a separar o caminho dos campos lavrados ao seu redor. Vimos que o caminho ia dar a uma cancela de mais um campo e pareceu-nos ser pouco utilizado. Decidimos ficar mesmo ali. Na curva junto ao caminho.
Ao encostar a bicicleta a uma das estacas, ligadas por um fio, um dor súbita nas mãos! Um esticão nos braços e um safanão violento nos pés! ZZZÁÁÁSS!!! Aquele fiozinho a ligar as estacas, o metal da bicicleta e as chanatas de sola fina, uniram forças e largaram uma descarga eléctrica em cima de mim! Nunca tinha sentido algo assim, e agora já sei o que sentem as pobres vaquinhas ao chocaram contra eles. Ficámo-nos pelo susto e pela nova experiência para não mais repetir.
Oh, abóbada celeste estrelada! Finalmente apareces em toda a tua plenitude!
E de novo, o silêncio do campo...
...há um ano atrás: Quirima
1 comentário:
Haviam de ver os fantásticos castelos medievais das... Errr... Honduras! Maravilhosos...
Enviar um comentário