Ribera

Nada como um dia de limpezas para fazer reset ao dia anterior.
O dia prometia mais chuva e mau tempo. Parecia que esta nossa fuga para a terra prometida, bom tempo e temperaturas cálidas, estava a ser corrompida pelo mau tempo constante. Finalmente o Inverno chegou a nós.
Não sei se foi da laranja ao pequeno-almoço, ou do expresso caseiro e delicioso, ou do rico repasto matinal, mas cheios de energia, demos conta da limpeza das malas, organizámos as refeições e lavámos alguma roupa à mão, logo de manhã.
Como a Federica, vinha almoçar a casa e tinha o tempo contado para o fazer, não havia margem para atrasos no almoço.
Um de nós foi até ao supermercado mais próximo, para descobrir que era demasiado pequenino para os planos culinários de hoje. Esqueci-me de mencionar que estava a chover? E que Ribera estava construída sobre um inclinado monte e que a todas as ruas desembocavam na rua principal? Chamemos-lhe rua principal, à falta de melhores palavras para descrever o rio urbano que o dilúvio bíblico sobre a terra das laranjas, provocava.
Á falta de ingredientes, a memória trazia a imagem de um Lidil à entrada da cidade. Tentemos então um novo supermercado, mas rápido que o tempo esgota-se. Quanto mais se descia a rua, maior o rio de chuva nela e mais rápido os carros passavam. Não é preciso muita imaginação para adivinhar como me encontrava depois de 10 minutos a descer o rio sem guarda-chuva. Ensopado neste contexto seria uma bênção! Agora imaginem chegar ao "Lidil" e descobrir que era apenas a publicidade ao mesmo! Nada de supermercado à vista. Volta a subir a rua, desta vez contra à corrente. Volta ao mixiruco supermercado e ao desenrascanso de ingredientes. Foi interessante.
Á tarde, as biclas foram limpas e o resto do dia passado com a Federica, à conversa no nosso local favorito da casa.

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