Leipzig

O Félix teve que ir à universidade de manhã cedo. Nós tomámos o pequeno-almoço com a Cristiana. Hoje que estamos parados, está bom tempo. Como será amanhã?

Não sei se era do café acabado de moer, da cafeteira ou sei lá mais do quê, mas aquele café com leite pela manhã, foi delicioso.

A Cristiana tinha trabalhos para fazer, antes que os pais dela chegassem para passar o dia com ela e o Félix. É que ela vai estudar durante seis meses para a Cidade do México, e todos os momentos para dizer adeus à filha são poucos. Quando finalmente todos chegaram, os pais da Cristiana, e o Félix, saíram de casa. Mas ficou o convite para nos juntarmos a eles quando fossem jantar fora, ao restaurante Mexicano.

Nós voltámos para a ronha da cama, a escrever no blogue ou só a ler. Depois do dia de ontem e da ventania que apanhámos, não estávamos com muita vontade de confraternizar com a mãe Natureza. Por muito alegre que ela estivesse hoje.
Cozinhámos uma tachada de pasta para o almoço e fomos dar uma volta para a desmoer.


Não explorámos muito além. Descemos a rua da casa deles. Vimos bicicletas por todo o lado e um canal junto do qual os cidadãos rolavam os seus patins e davam nos seus pedais. Por todo o lado, as bicicletas partilhavam com os carros as imagens que os olhos viam. Com atrelado, simples pasteleiras, com banquinhos para as crianças junto do guiador, e quase todas com um cesto à frente para as compras. Aqui a bicicleta é utilitária!


Voltámos para casa. Eles aqui pelos vistos jantam cedo, porque passavam pouco das seis da tarde quanto nos sentámos à mesa da esplanada mexicana com o pais da Cristiana e o nosso casal anfitrião.


Conversámos um pouco durante a paparoca cheia de molhos coloridos e com sons crocantes. Descobrimos que ambos os pais da Cristiana são veterinários e que ambos tinham histórias para contar sobre a altura em que um muro dividia o país. Salientamos aqui, a viagem à boleia que a mãe da Cristiana fez, aquando da sua adolescência. Ela e mais três amigos,com uma morada escrevinhada num papel de um amigo de um amigo, esticaram o dedo e foram à boleia, pelos países satélites da União Soviética até chegarem à ditadura que a Roménia vivia na altura. Não havia telefones, telemóveis ou internet. Um grupo de amigos e uma morada. Era a maneira antiga de fazer couchsurfing.


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