Bierde - Bremen

Mais uma noite na floresta. Será que vou sentir falta disto, quando começar a acordar todos os dias na mesma cama, entre as mesmas quatro paredes?

Arrumámos tudo como deve ser. Devidamente seco e voltámos à ciclovia. Hoje vamos para Bremen. Quando saímos de L'viv e decidimos rumar para Oeste, não pensámos em visitar esta cidade. Mas ao olhar para o mapa, umas semanas mais tarde, e dissemos, "porque não?".

De ciclovia em ciclovia, com paragens para o xixi e para as fotos escondidas da floresta começámos a sentir os sinais de uma grande cidade. Mas isto é a Alemanha. Assim que as vias de acesso ganham dimensão, assim também as ciclovias se multiplicam para facilitar o acesso ao centro.


Houve uma altura que fomos dar ao rio. Seguimos pela sua margem, mas a maré devia estar a encher, porque as águas subiam a uma velocidade vertiginosa, alagando caminhos, e ervas baixas, onde uma multitude de pessoas se refastelavam ao sol. Não deve ser todos os dias, por isso à que aproveitar o solinho quando aparece. Nós pedalámos dali para fora, não querendo descobrir se conseguimos pedalar sobre as águas. Deixámos essa averiguação para quando chegarmos à Holanda.


Uma vez no centro e um pouco desorientados, perguntámos as direcções a um taxista. Ao passar pelas ruas e ao ver as casas, típicas supomos, imaginamos como seriam no interior. Só as vimos até agora em filmes.
Mas a campainha que tocámos pertencia a uma dessas casas, e a Tinka e o Philipp  receberam-nos, ajudando a carregar as tralhas pelas escadas em caracol que serpenteavam pelos dois andares. A Norah dormia, por isso não a conhecemos neste dia.

Instalámo-nos no sofá da sala, como manda a tradição do couchsurfing, e preparámo-nos para um serão plácido no último andar. A mesa convidava ao convívio e à conversa. O mapa do mundo por detrás, não deixava que houvesse momentos mortos e o pátio com vista sobre a cidade, incitava a nostalgia. Estamos em Bremen.



...há um ano atrás: Lisboa e arredores

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