Nice

Os 5, saímos de manhã ao mesmo tempo. As bicicletas duas malas pequenas e nós com um dia de passeio por Nice à nossa frente.
Com as indicações no mapa, chegámos à loja das bicicletas NeWay. Tivemos de esperar para que abrisse e aproveitámos e fomos à do lado fazer tempo. Entre outras, todas XPTO vimos umas rodas a custar 2000€ e mais não digo...
A loja abriu e porque já tinham que fazer de manhã, combinámos para o dia seguinte, visto que nós também já tínhamos planos para a tarde.
Fizemos, durante uma hora, a rota das padarias. Parávamos em todas as que víamos à procura de pão au maïs e das pizzas, sandes ou focaccias mais baratas. Conseguimos encontrar umas focaccias bastante em conta e comprámos logo a dobrar, por causa das coisas.
Com tantas paragens demorámos imenso tempo e ficámos cheios de xixi. As estações de gasolina aqui tinham as toilettes todas encerradas. Os cafés ou não têm toilette ou temos que consumir. Pedalámos até ao Mac, mas também aqui nos tickets de quem compra é que há o código que abre a porta. Emprantamo-nos à porta à espera que alguém saia (porque ouvimos vozes lá dentro) ou que alguém entre e lá vamos nós aliviar-nos.
O mercado antigo ainda estava ali por mais uma hora pelo que pudemos comprar fruta para o almoço.
Descemos o paredão inclinado e fomos sentar-nos na areia da praia. Sem problemas com areia dentro dos sapatos. Brincámos aos ricochetes e as gaivotas, andorinhões e passarinhos sobrevoavam quem por ali comia à procura de uma oportunidade para encher o papo.
Aprés le midi, passeámos pelo porto. A terceira idade masculina pelos vistos reúne-se aqui para se refugiar da chuva e do vento nos dias em que não há barcos. E nós, claro, aproveitamos todos os spots com wifi gratuito, casas de banho, bancos e um ambiente quentinho, e por isso ficámos cerca de uma hora a fazer companhia aos senhores franceses enquanto navegámos...na net.
Havia uma loja de desportos de aventura lá bem para o meio da cidade e assim enquanto avançávamos na nossa procura pela Alticoop, fomos vendo a cidade. O eléctrico e as pessoas e que correm para o apanhar, os estudantes, as lojas de comércio a funcionar, e montes de gente na rua a fazer a sua vida. Fez-nos lembrar Lisboa. Numa escala muito maior, mas soube a casa.
Encontrámos a loja e era tão grande que tinham os dois lados da rua preenchidos com as diferentes secções. Uma para coisas baratas de outras estações. Calçado de montanha, sandálias. Escalada, montanhismo, alpinismo. Roupa térmica, Casacos. Fogões, tendas, cantis, acessórios de outdoor. Havia de tudo. E nós adorámos. O nosso ideal de loja é este. Mesmo sem precisarmos sentimo-nos sempre tentados a comprar mais uma geringonça que faz qualquer coisa útil de forma light, compacta e cara.
Lá para a 3ª ou 4ª porta um moço de cabelo encaracolado iniciou conversa connosco. O Antoinne. Reconheceu as nossas malas do dia em que nos cruzámos na ciclovia junto ao aeroporto, aquando da nossa chegada de bicicleta a Nice. Também ele é um viajante. É francês, daqui de Nice, mas Vinha do Canada onde estuda Aventura e Exploração!!!! Há 8 anos fez a rota entre a China e o Irão de bicicleta.  Não nos contou a vida toda mas sabemos que estudou na Nova caledónia graças a uma bolsa de estudo.
Mais uma ilha francesa estrategicamente localizada no globo. Basicamente eles podem viajar para todo o lado que há sempre uma ilha francesa algures e não se preocupam com vistos ou passaportes.
O Antoinne desatou numa faladeira e só parou no fim. Contou-nos montes de experiências das suas viagens, e aconselhou-nos. Despedimo-nos porque já anoitecia e tínhamos de atravessar mais uma vez toda a cidade para regressar a casa da Karina.
Fizemos uma sopaza de feijão. A meio apareceu a mãe do amigo dos meninos que vinha buscá-lo e juntou-se à mesa connosco.
Mais chá, mais conversa, a internet da praxe e vamos todos dormir que amanhã é dia de escola.

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