Krakow

Os nossos professores estão com mais tempo livre devido às férias, e com eles podemos visitar a cidade mais bonita do país. A ironia destes tempos é que chove quando pedalamos e faz bom tempo quando estamos parados. Um sinal para nos demorarmos na Polónia?


É sábado.O Przemek apenas tinha uma lição particular de inglês e às onze já estava de volta. Nós já íamos de conversa avançada com a Ola, quando ele se juntou a nós.

De máquina na mão e chanatas nos pés, de calças e mangas arregaçadas, aproveitando o calor do dia, lá fomos nós. Caminhámos por um trilho que seguia junto a um canal da cidade. Por alguma razão, esta grande cidade, mais parece um pedaço de floresta com casas escondidas entre as árvores. Mas aos poucos vamos entrando no centro, e Kraków começa a ganhar outra vida.
Um parque com um relvado enorme. Mas enorme mesmo. Ao seu redor, uma ciclovia e passeio pedestre satisfazia as necessidades dos mais desportivos, ou apenas daqueles que como nós, estão a passear.


Visitámos o castelo. Chamam-lhe castelo, mas para nós assemelha-se mais a um palácio do que a um castelo. Tanta decoração e berlicoques. Como estamos a fazer o roteiro turístico da cidade, os turistas e os grupos de estudantes, enchem as ruas e praças desta fortaleza imensa, no seio da cidade.

Algures junto ao exterior, os nossos anfitriões escolheram uma esplanada onde saciar as barrigas mais vazias. Um bife do tamanho de uma pizza! Fiquei satisfeito.


Tal como L'viv e Tarnów, também Kraków têm uma praça central. Mas estas praças, não são abertas, como estamos acostumados. Têm no centro um edifício, a câmara municipal, e a praça são os quatro cantos da câmara. Mas esta zona ainda estava mais repleta de estrangeiros. Não se ouvia polaco em lado nenhum e os cotovelos roçavam uns nos outros.

Seguiu-se o bairro judeu, com as ruelas, e ruinhas estreitas. As lojas de artesanato e os cafés culturais. Tem pinta esta cidade, e deve ser brutal estudar num ambiente destes.
Todo o dia a passear a pé pela cidade, com um calorzinho no ar. Apanhámos o eléctrico para casa e fomos abastecer os sacos com comida ao supermercado. À porta deste, comprámos mais uns frutos silvestres a um vendedor de rua. Temos que aproveitar que estamos por aqui para nos deliciar com estas bagas a preços simbólicos.


O Przemek e a Ola estiveram connosco durante todo o dia. Sempre bem dispostos, sempre na conversa. Nós, à medida que os íamos conhecendo melhor, fomos sentido uma nostalgia de viagem, suponho. Eles faziam-nos lembrar aquilo que mais gostámos de fazer quando estávamos a viver numa casa.
Com o som de música da Etiópia no rádio, o crepitar dos crepes feitos à moda da Ola, as brincadeiras com o gato, os chás, os sorrisos, as conversas..... É assim a partilha.

1 comentário:

Nuno Vieira disse...

Errr... Também ainda não fui a Cracóvia. Também gostava de ir (não obstante a invasão de turistas). A humilhação continua...