Krakow - Brodla

Acenos de adeus, e lá partimos nós para mais um dia de estrada. Adeus Ola, adeus Prezmec, esperamos encontrá-los outra vez, de todo o nosso coração.


Os impermeáveis postos, e as calças da chuva à mão perante o cenário pouco convidativo de nuvens cinzenta e humidade no ar.
Já para não falar das previsões meteorológicas para o resto da semana. Chuva, chuva fraca, períodos de chuva forte...bahhh, água por todo o lado. No fundo, mantínhamos a esperança de que ao deslocar-nos de um sítio até outro, o tempo melhorasse, por milagre.

Não, o S.Pedro decidiu por bem manter a semana molhada, e o nosso dia bem regado.
Quase se torna irónico quando na imediações de um campismo, procuramos água para cozinhar e lavar, sem sucesso, quando temos tanta água à nossa volta!
Ao fim e ao cabo acabamos sempre por arranjar água. Uma bomba de gasolina perdida no meio de uma estrada secundária que vem pôr um breve fim ao nosso dia de bicicleta.

O dia chuvoso trouxe emoções relacionadas com conforto, estar seco, beber ou comer algo quente, e sentir a chuva lá fora e não a escorrer pelo nariz. Com o calor que produzimos, chega o momento em que depois de tanto pedalar à chuva, os nossos casacos e calças impermeáveis estão molhados por fora, da chuva, e por dentro, da transpiração. Se não pararmos mantemo-nos quentes,( ao menos isso), mas assim que paramos tudo fica frio e pegajoso e desconfortável. Só pensamos: seco e quente. Fartos destes pensamentos, decidimos, pô-los em prática. A  estrada que seguíamos tinha floresta dos dois lados. Bastou-nos ter água e poucos quilómetros à frente já montávamos a tenda entre as árvores altas.

Depois de tanto campismo à selvagem, já nos tornámos picuinhas na escolha do sítio. Conseguimos arranjar melhor, dizemos para nós próprios e partimos em busca de outro poiso. Dependendo do dia! Neste dia, não estávamos para grandes procuras, estávamos ensonados, e a precisar de repor horas de sono , por isso decidimos parar mais cedo que o costume. Os quilómetros no mostrador eram poucos e nem chegavam aos cinquenta que costumamos estabelecer com satisfatório.


Preparámos a nossa refeição quente antes de entrar na tenda. Talvez tenhamos conseguido ver meia dúzia de minutos de uma série qualquer antes de adormecer! Com tudo nos seus lugares: a chuva e o vento lá fora e nós dentro da nossa casa amarela.

1 comentário:

Anónimo disse...

Há já algum tempo que nao fazia um comentario... talvez por perceber que está tudo a correr bem, por isso vivam lá voces as aventuras porque eu quando vejo as fotos fico com inveja (nem sempre, tendas em florestas fazem me lembrar o blair witch).
Beijo,

Ricardo