Targu Mures – Campenita

Estamos em Julho, mas a chuva não dá sinal de esmorecer. Com dias assim, quem e que quer pedalar?

Não fizemos grande esforço para sair de casa cedo. Gyorgy, já tinham ido para o serviço, quando nos juntámos à Gyupi no pequeno-almoço. Ela tinha o estudo para pôr em dia, para o exame de dentatologia que se avizinha e que podia decidir o futuro dela. Antes de ir à universidade ter com uma colega, guiou-nos até à oficina da sua cara-metade, com uma paragem de dez minutos na casa dos pais dele. Foram dez minutos, mas houve tempo para apresentações, vislumbres de uma horta bem composta, de nos sentarmos à mesa da cozinha e provarmos as doces delícias que a mãe do Gyorgi colocou ao nosso dispor.

Ao chegar à oficina, a agitação normal de uma oficina concorrida, com o acrescento dos mensageiros que entravam e saiam a pingar da chuva tropical. Mesmo com chuva, deu para darmos uma limpeza às biclas.
Fomos adiando, fomos ficando, à espera da chuva, à espera da nuvem que passe. E eis que chega a hora do almoço e temos que comer. E o tempo vai passando, mas a chuva nem por isso... Chega de esperar. Com chuva, fomos para a estrada, e com ela pedalamos durante 20 e poucos quilómetros. Sem energia ou vontade de pedalar sequer, começamos a pensar em acampar, assim que um sítio se proporcionasse.


No topo da colina lá apareceu o spot. Num squish squish de terra ensopada avançámos devagar pelo meio da erva e lama. Atrás de uma sebe, escondidos da estrada pela colina. As distâncias eram tão grandes até às casitas da paisagem, que não nos preocupámos com a visibilidade da nossa casa amarelo pum espampanante. O tempo molhado e a casa nas alturas, sempre afastou a hordas de mosquitos rotineiros dos vales.

A chuva esmoreceu. As ovelhas tilintavam os chocalhos. Ao longe, dois pastores juntam-se em conversa, mas os rebanhos respectivos ficavam bem separados. Pudemos desfrutar de vales e colinas até onde a vista alcançava, algures onde o sol se pôs

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