Bucuresti - Produlesti

De volta à estrada, depois de dizermos adeus aos queridos amigos Don Dan e Mishu, e comido um pequeno almoço substancial.


Graças às conversas com o pessoal de Bucareste, começámos a ouvir falar de uma estrada que atravessa os Cárpatos e que apenas está aberta de Julho a Outubro e mesmo nessa altura, depende da metereologia. Que fez as honras à casa na série Top Gear, como a melhor estrada da Europa, no que toca a curvas, túneis, pontes e vistas impressionantes. Não sabíamos que caminho seguir a partir de Bucareste. Mas desde que a estranha palavra chegou aos nossos ouvidos, Transfagarasan, e depois de umas imagens na Internet, que decidimos ver com os nossos próprios olhos esta estrada de que todos falavam maravilhas!

Passámos pela "posta" da Roménia para mandar roupa e peças de bicicleta que estavam apenas a ocupar espaço e peso nas malas, e seguimos viagem seis quilos mais light.
A cidade ficava para trás, arrecadada nas memórias, e surgia diante de nós outra Roménia. De agricultores, estradas esburacadas e carroças puxadas a cavalos ou burros.
Os selins novos, a darem cabo das costas e do rabo, e segundo o prognóstico, vai ser assim durante mais duas semanas. Pelo menos...


Muito calor e trânsito de uma estrada nacional cheia de carroças a fazer aumentar a fila de carros e a diminuir as velocidades.
De repente, vimo-nos rodeados de batatas por todo o lado. O aspecto das pessoas é duro, da sua lavoura diária de sol a sol.
Nos campos apanham-se batatas e na estrada, carroças, carrinhas, camiões, e carros vendem-nas ou transportam-nas em todas as direcções, numa nuvem de poeira. A mega convenção das batatas,ou mega reunião de batateiros, como lhe chamámos!


Enveredámos por uma pseudo estrada de terra (para um tractor, talvez) coberta de de ervas altas e amarelas torradas e plantações. Há para todos os gostos, milho, trigo, girassóis.
Montámos a tenda, e o Alexandre controlava a comida ao lume enquanto eu fui fazer xixi ao milheiral. Já o sol se punha e o lusco fusco dominava. Quando me levantei vejo um animal grande aos saltos no meio das ervas altas em frente. Pensei para comigo, mas que grande coelho, deve ser uma lebre. Chamo pelo Alexandre, sem tirar os olhos de lá, para que ele veja também e digo em voz alta, é um bambi!! De máquinas em punho, um a filmar e outro a fotografar sem luz, não conseguimos captar nada. Mas ficámos tão contentes, que até adormecer continuávamos a repetir de nós para nós que tínhamos visto um bambi selvagem!

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