Narbonne - Nizas

Deixámos a casa do nosso mais recente amigo budista, com uns croissants quentinhos que comprámos ali na esquina! Huuuummmmm!
Narbonnne cheia de luzes, com as colunas a despejar música natalícia, e rádio francesa, as montras cheias de pinturas nos vidros, e ideias para prendas. Consumir, consumir, consumir! No centro das cidades há sempre um ringue de patinagem, e animação aos fins de semana, do tipo popota! E montes de gente a passear, com crianças! É demasiada gente para nós, mas ao mesmo tempo há algo de reconfortante no ar.
Almoçámos na cidade que vários Couchsurfers, nos disseram ter um ambiente com bad vibes. E a verdade é que não nos sentimos lá muito confortáveis ali, não sei se fomos influenciados ou não. Tudo com um ar cinzento e sujo. Vimos marroquinos, ou tunisinos, por todo o lado, e lojas das mesmas origens.
Tentámos sair dali o mais depressa possível, foi esquisito.
O caminho continuou cheio de vinhas e adegas a publicitar vinhos da região. Bandos de pássaros malucos a espassarinhar que nem uns maluquinhos. Pousavam nos fios de telefone e qualquer ruído que fosse diferente dos seus sons habituais fazia-os levantar voo em debandada e formar uma nuvem negra no céu, como um cardume no oceano a mudar de direcção a cada 3 segundos.
Chegámos a casa da Bárbara, cedo. Íamos para lá com esperanças de aprofundar os nossos conhecimentos em enologia, se é que me entendem... mas afinal, ela é fotógrafa. O que, apesar de não ser o que estávamos à espera, foi muito interessante.
Ficámos num estúdio que costuma alugar, com um pequeno jardim desgovernado em frente, onde deixámos as biclas. Um chá e um bolo de maçã que comemos em menos de nada foram a nossa recepção. Muita conversa sobre fotografias, a vida, e projectos futuros.
O jantar foi uma fantástica sopa, que se parecia com a nossa comida portuguesa. E uma mostarda que fazia mais parte dos hábitos da nossa anfitriã, do que os nossos, mas que mesmo assim provámos com curiosidade.
Num descuido de conversa entusiástica, atirámos um copo de vinho à parede, deixando para sempre uma marca na pintura da cozinha.
A noite terminou de forma inesperada. O Alexandre não se sentiu bem logo após experimentar a mostarda francesa e daí até vomitar-se todo pela noite fora foi uma questão de descer as escadas e deitarmo-nos.
Une nuit blanche como nos disseram...

1 comentário:

Nuno Vieira disse...

Afinal, tendo em conta o nome de algumas das suas terriolas, os franceses não são assim tão "pipizocas" quanto fazem o mundo crer. Também há galhofa Lusitana da pior...