La Bastide de Besplas - Loubières

Nós não o sentimos, mas durante a noite fez um frio de nevar. Lá fora tudo estava coberto com uma fina camada de neve e gelo que desaparecia com o imaculado céu e pujante sol.
A casa despertou e passado um pouco já o futon/sofá do Ikea estava no seu devido sítio e todos nós sentados à mesa a bebericar chocolate quente, pão com manteiga de amêndoa, chá e batidos de bananas com passas, clementinas e frutos secos. Tudo delicioso!
Enquanto um de nós ajudava a Fanny a arrumar na sua carrinha, as roupas e material necessário para a exposição em Toulouse, o outro arrumava a tralha do pequeno-almoço.
Saímos sem olhar para as horas, descansados da vida, com um sol radiante e promessas de estradas planas até ao destino tão próximo.
E assim foi. Calmamente percorremos os 30 e poucos km que separam La Bastide de Besplas de Loubières.
Seguindo as indicações e o mapa rabiscado da Fanny encontrámos a casa dos cinco. Uma mansão lindíssima por fora e um potencial enorme por dentro.
Depois de avisar um dos cinco, por SMS, entrámos em casa. Nos últimos sítios onde temos ficado, portas fechadas à chave é coisa que ninguém se lembra.
Entrámos para nos depararmos com uma enorme sala/cozinha/mezzanine e uma remessa de quartos e divisões espalhados pelos dois andares da casa. Tudo vazio.
Esperámos e esperámos por algum sinal de vida. Mas nada. Actualizamos as escritas, as fotos e fizemos contas à vida. Explorámos a cozinha em busca de potencial fonte de nutrição para o jantar. Fizemos e desfizemos tempo, mas ninguém chegava.
Ás 19:30, não aguentámos mais e fizemos o jantar com o que havia lá por casa e com o que havia nas malas. Foi então que, com a boca cheia de comida quentinha, chega o primeiro habitante da casa. Virginíe. Uma recém formada professora de pequeninos que passa a vida a trabalhar. De sol a sol.
Ficámos a saber que os restantes habitantes, não iriam aparecer hoje. Ligamos a lareira improvisada, acabamos o jantar e conversamos um pouco, até a Virginie retomar a sua correcção de testes.
A noite acabou no quarto do namorado da Fanny, que pela desordem por lá espalhada, percebemos que fazia Nougats caseiros como ganha pão.

2 comentários:

Anónimo disse...

Ao que chegámos..até ja roubam comida a quem vos dá casa!!!
Abraços quentinhos...

R.

Anónimo disse...

Para além de ver os sítios por onde passam, gosto muito de ouvir as histórias das pessoas que conhecem e que vos dão acolhimento. Deve ser muito enriquecedor e divertido conhecer tanta gente diferente. :)

Continuação de boas pedaladas,

Hugo (Manolo)