Redecilla del Camino – Logroño

 Os poucos peregrinos da albergaria, saíram em pezinhos de lã para não nos acordar. Estávamos sós no albergue, e o começar do dia, fez-se devagar e a demorar, com o prazer de uma mesa, duas cadeiras e quatro paredes ao pequeno-almoço.
Deixámos o donativo no cofre e saímos porta fora para o mundo do dia seguinte. Um mundo de descidas matinais e subidas tardias. De vento frio e lentidões calorosas. De chuviscos refrescantes e uvas suculentas.
Às portas de Logroño, uma rede de cruzes construída por anos e anos de peregrinação, separáva-nos da vida-rápida logo ao lado. Entrámos pelas portas das traseiras da cidade, por ciclovias e percursos domingueiros. A perguntar aqui e ali como desfiar a rede de duas rodas, chegámos à zona centro, com a surpresa de ser a primeira cidade espanhola que nos encantou com o seu ambiente. Fazia lembrar a melhor parte das grandes cidades de Portugal. Seria talvez por os cafés se parecerem com cafés e não com bares.
Já em casa da Maité, tirámos à vez para o lugar no duche e o lugar sentado na cozinha a comer castanhas e a conversar com a nossa anfitriã. A seguir à visita ao supermercado, o Nahuel brindou-nos com a sua presença e vivacidade própria de uma criança de 3 anos.
A noite prolongou-se com conversas, troca de ideias e de receitas, enquanto uns aprendiam posições de ioga e outros escreviam no blogue para vocês...

2 comentários:

Anónimo disse...

1º - Esta fotografia é um pouco blair witch project!
2º - O blog está muito giro, vai ser o meu "jornal diário".

Boa viagem!

R.

Nuno Vieira disse...

E muito obrigado por escreverem este blog... E pelo trabalho fotografico.