Salamanca – Pollos

Mesmo sem tenda para arrumar, os confortos de uma casa amolecem os nossos sentidos, e como que semi enfeitiçados pela magia de 4 paredes, lá conseguimos sair. Deixando para trás uma nota e um origami à Mia e à Chantal, permitindo-lhes um repouso contínuo, depois de uma noite de "party", segundo palavras da nossa anfitriã, cada vez que sai.
Á nossa volta tudo molhado, o ar húmido, as pessoas atarefadas nas suas rotinas e agasalhadas para a chuva, e nós de roupa impermeável (excepção botas novas que foram a Angola e ficaram com arejamentos extras e botas velhas, que nada mais se lhes pode exigir) montámos duvidosos as nossas bicis e fomos saindo em direcção a Tordesilhas, sempre pela nacional.
Para nosso espanto antes do almoço, já tínhamos papado 40km, o que com os atrasos matinais, era óptimo. Perseguidos pelas nuvens, mas sem chuva e numa estrada sem inclinações era tal a euforia que decidimos ir almoçar num dos restaurantes que acompanham a estrada. Sem darmos conta fomos comer a um português. E onde vai um português vão logo 6 ou 7! Camionistas ou trabalhadores da zona, habitués ou newbies, éramos muitos. O serviço era lento, a comida era pouca para quem viaja a pedalar e era caro. É só isto que temos para dizer no fim das contas...
Continuámos cheios de gana e às 6 horas espanholas já estávamos despachados dos quilómetros "obrigatórios" e já tínhamos mais uns tantos em cima. A partir daí foi tentar encontrar comida, e um sítio para ficar.
Escapámos para um pinhal ao lado da nacional, com uma fileira de outras árvores a esconder-nos do monte atrás.
Afinal, não choveu! Estas previsões meteorológicas estão mui mal.
 

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