Forte da Casa – Torres Vedras

A Princesa, não foi trabalhar e por isso esteve connosco, uma vez mais, a montar as malas nas bicicletas. Ela ficou triste e nós também...
Arrancámos nós, pela atribulada N10, cheia de trânsito e camiões, com direcção a Alhandra. A partir daí foi sempre a subir até Sobral de Monte Agraço.
Em Arruda dos Vinhos, o Intermarché foi o local de paragem para comes, bebes e evacuas. Desta vez, já com uma nova mantinha, que tanto jeito nos dá! O pessoal da zona, pareceu muito interessado em nós! Os olhares demoravam-se mais que o normal a percorrer as bicicletas. E os comentários apesar de indirectos eram animadores.
Ao se aproximarem as três da tarde, começámos a preparar-nos para voltar a pedalar montes acima. Os caminhos muitos estreitos e curvilíneos, ora se enchiam de carros ora não tinham ninguém. Vários ciclistas passaram por nós, a grande maioria de tenra idade, em sentido contrário, por isso a descer a grande velocidade. Pelo menos, mais rápidos que nós...
Desde que saímos de Alhandra até chegar a Torres Vedras as vistas mudaram substancialmente. Passaram de fábricas e estradas e carros a uma estradinha que serpenteava no meio dos monte. Parecia que cada topo tinha seu moinho, ou filas de moinhos mais jovens semeadas por aqui e por acolá. Os campos cultivados ao longo das encostas. Com vinhas tão extensas que pareciam penteados na terra, árvores de fruto, macieiras, pereiras e figueiras debruçadas para a estrada, arbustos que enchem de vários tons a paleta verde ao nosso lado, tornaram este passeio numa agradável e inesperada surpresa ainda que a subir.
Chegada a Torres Vedras, olhamos para o relógio:  são quase 18h horas! Hora combinada com a Ana para chegar.
Ao que parece entrámos pelo lado errado da cidade! Pareceu-nos uma cidade calma, com  um trânsito moderado e com gente simpática. Encontrámos o Modelo, encontrámos a CUF, encontrámos a rua, e encontrámos o prédio. E eis, que minutos depois de uma mensagem, a porta do prédio abre-se por trás de nós e ouve-se um: "Olá!". Olhámos os dois, quase em simultâneo, e lá estava ela, Ana Isa, a primeira Couch Surfer a acolher-nos em sua casa.
Com a tensão da novidade, atrasámos um pouco os horários, sem saber se seria indelicado querer ir já dormir, ou comer. Entre conversas tantas e música, fomos arrumando as malas, tomar um banho, (tornar o nosso cheiro algo mais tolerável), fazer o jantar, jantar, ir à net,  preparar o dia seguinte, e mais conversas, lá  fomos, uns primeiros, outros depois, fazer um soninho descansado. Antes de apagar a luz a Pintas ainda nos veio dizer boa noite!

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