Casais do Baleal e Atouguia da Baleia

A vida no Oeste litoral, é mistura de trabalho e lazer. Mistura de velhos costumes de quem trabalha a terra e de novos costumes turísticos, tudo sob um microclima imprevisível.
Passámos os dias a acordar mais tarde do que o normal, a fazer pequenos almoços ao longo de toda a manhã e a petiscar uma coisa ali e outra aqui até aos almoços farto e saborosos em casa dos avós, dos tios e na casa do Baleal. A seguir aos almoços e de pança cheia, com o tempo incerto e tão característico da região a convidar a ficar em casa, dormitámos nos sofás e nas redes, ao som de tv's e das conversas das ondas. Ao entardecer, as lapas cozem-se, o pão com chouriço já marcha e o bolo seco da região enche, antes de um novo jantar ao som de vozes familiares. Pode-se dizer que passámos estes dias a encher o depósito de combustível, nos nossos corpos.
Aproveitámos para fazer a primeira limpeza a sério das biclas desde que iniciámos a viagem. Já vinha sendo adiada desde o Carvalhal e depois do Forte da Casa, até já cheiravam mal!
Almoçámos com a Atouguia da Baleia em peso, uma sopa da pedra da terra, para ajudar o Duarte a sair da cadeira de rodas.
Quando o sol se atreveu a espreitar, passeámos pelas praias apinhadas do Baleal e arredores. Cheias de turistas portugas e franceses meio emigrantes, mais parecem uma típica praia algarvia onde nem espaço para a toalha se encontra! Até dentro de água e no meio das ondas os surfistas e os que querem ser surfistas, enchiam as parcas ondas destes dias, com pranchas, pranchinhas e pranchonas.
Tudo isto sob a alçada do papá Sérgio, que nos guia e nos conta as histórias e os esconderijos, das pessoas e dos sítios da terra onde nasceu.
Três dias para encher a barriga de família e bem estar.

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