Igoumenista - Polydroso

Fomos ficando... O acordar cedo e começar a pedalar tornou-se numa molenguice e numa converseta com a Theofania até quase à hora do almoço! Houve tempo para aulas de grego, partilha de origamis, histórias com papel, cafés gregos e segredos antigos sobre a sua confecção.


Mas a nossa viagem faz-se de bicicleta e é de dia que gostamos de pedalar. Além disso a chuva anunciada previa-se para o fim da tarde.

Antes de partirmos, a Theofania ofereceu-nos uma pedra com um buraco. Diz-se que quando se encontra uma pedra com um buraco é sinal de boa sorte. A partir de agora a sorte oferecida viaja connosco no guiador esquerdo da bicla do Alexandre.

Estamos no norte da Grécia. Mas a nossa rota improvisada leva-nos ainda mais para norte e mais para o interior das montanhas.

Não foi um dia de muitos quilómetros. Depois de tanto tempo parados, viagens de barco e cafés gregos, este foi de facto o nosso primeiro dia de pedaleio na Grécia. Pedalámos sempre a subir e sempre que uma terreola surgia, ficávamos de olhos em bico a tentar perceber a sinalética. Como se escreve padaria? E gasolineira? E quais os caracteres de mercearia? Ainda temos muito que aprender.


Parámos num pequeno jardim para cozer os ovos e comer as ervilhas, debaixo de uma chuva miudinha que teimava em aumentar.

O resto da tarde foi debaixo das intempéries. Muita, muita chuva. Tanta que tivemos que procurar abrigo numa paragem de autocarros, perdida no meio das montanhas.

Ainda pedalámos mais um pouco depois disso, mas já se fazia tarde e os nossos hábitos de procurar bons spots de campismo estavam um pouco destreinados.

Dentro da tenda amarela, enrolados nos sacos-camas azuis e lençóis brancos, de novo o Seinfeld fez as honras à casa e abriu as portas ao João Pestana...

1 comentário:

Nuno Vieira disse...

Parecem mais indicações escritas por algum personagem da Guerra das Estrelas!