Castello de Farfanya - Barbastro

A simplicidade do dia, ao longo de uma viagem de bicicleta.


Sábado. Estamos no Norte da Catalunha. Olhámos pela janela e vê-mos o nascer do sol por entre as oliveiras. Sentimos o frio matinal e vestimos mais umas camadas extras de roupa. Comemos o que há nos alforges, já com sinais de uso intensivo. Quatro ameixas e baguetes cheias de mel e doce.

Regressamos à estrada. Está calma. É sábado e não se vê camiões na estrada. Começamos a pedalar. O frio aumenta com o vento da velocidade, mas depressa é esquecido com o calor do incessante empurrar de pedais. Mais vales e mais colinas. Vilas e aldeias espaçadas por grandes distâncias. Um livro nos ouvidos e uma paisagem a mudar lentamente ao som das palavras. Para-se para beber água e tirar uma camada de roupa. Uma hora depois, outra camada e ficámos de t-shirt.


Num supermercado e infinita questão do que comer. Nunca a comida soube tão bem, como está a saber nesta viagem.

Um cidade espanhola. Deixámos a Catalunha e entrámos em Aragão. Na praça central, um senhor passeia por nós e de vez em quando para para contar uma história e cantar uma musica. Ao fundo, ao crianças brincam. Grupos de pessoas conversam por ali...

Mais um bocado de pedaleio. A tarde passa e as montanhas aproximam-se outra vez. Não entraremos nelas desta vez. Apenas uma tangente a elas para mais um deleite aos olhos e sentidos.

Um caminho de terra. Um campo de oliveiras selvagens e uma vinha. Montamos a tenda e fazemos o jantar. A lua brilha forte durante a noite e no nosso tecto.


A simplicidade do dia, ao longo de uma viagem de bicicleta.
Pedalar, comer e dormir. Pedalar, ouvir musica e ler livros. Pedalar, sentir o vento e calor. Pedalar, conhecer novas terras e novas pessoas.

Pedalar, olhar para o mundo e descobri-lo todos os dias.


...há um ano atrás: Salamanca

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