Andorra

Andorra!


E na primeira terreola que a geografia escrita no mapa diz pertencer a este Principado, percebemos logo os avisos do Joel em Fonsorbes e do Jean-Pierre em Loubières. Andorra é o supermercado dos franceses.
Enormes centros comerciais e uma publicidade que indicar a presença de 310 lojas nesta aldeola perdida entre as montanhas. Não queremos muito acreditar que Andorra seja só isto, mas é complicado evitar este cartão que nos dão à porta de entrada. Shopping em grande escala. Lojas e centros comercias enchem as ruas. Por todo o lado, gente com sacos e carrinhos de mão cheios de compras. Não um detergente para a roupa, mas dezenas. Não um maço de tabaco, mas vários volumes.

Lá dentro, bebidas e garrafas de álcool são vendidas às caixas.

Fugimos a isto tudo. Não muito rápido, porque a subida continua e os avisos já passam os 2000m. Mas à saída íngreme da cidade, um bloco de apartamentos para os carros, calmo e sossegado, serve-nos como local de descanso e de abastecimento. Vale a pena falar nas dores dos joelhos, do suor ou do cansaço que nos invade? Não. Faz parte e o topo ainda vai longe. A ultima vez que estivemos a estas altitudes, no Transfagarassan, tínhamos neve e lagos no topo. Aqui temos um McDonalds e umas lojas da Quicksilver!


Um par de ovos, pão e enchidos mais tarde e eis-nos de volta ao selim e às grandes velocidades. Todo o dia sem alcançar os dois dígitos!
Quando olhamos à nossa volta, as montanhas são as mesmas. Estou desejoso de chegar ao outro lado e mudar de vistas. Por todo o lado, agora que entrámos neste pequeno país, infraestruturas para o turismo de neve. Pistas de esqui e elevadores para levar as pessoas ao topo do escorrega.

São 15:30, quando o conta-quilómetros marca 25km percorridos. Finalmente chegámos ao topo! 2408m! Um novo recorde para os Nomadiclas! O que encontramos no topo? Cinco gasolineiras de marcas diferentes a vender o ouro preto e um português ao balcão de uma delas a dizer-nos que aqui em cima a água não é boa para beber.


Se foram 25 a subir, pelo menos outros tantos nos esperam a descer. E assim foi. Mas não foram 25 a descer. Foram mais, muitos mais! Para nós, Andorra vai ser recordada como uma longa estrada descendente, que por sinal é a única do pais.
Vamos recordá-la pelo constante tráfego, e pelas incessantes obras que se faziam sentir no lado sul das montanhas.
Ao chegar à capital, um aglomerado de prédios e mais lojas, encavalitados no pouco espaço que a Natureza lhes deixou.


Todo o dia, tráfego. Todo o dia obras e barulho. Smog, porque aqui o vento não entra e o calor empurra a poluição para baixo. Não temos vontade de prolongar a estadia neste pais.

Continuamos a descida, seguindo as placas que indicam Espanha. Passamos uma fronteira do lado de Andorra e outra do lado Espanhol. Foi assim Andorra,

Mas o dia ainda não acabou...


...há um ano atrás: Freixial - El Payo

1 comentário:

Nuno Vieira disse...

Ah, Andorra...! E eu que tinha umas comprinhas para trazerem. Obviamente que teria em consideraçao a vossa diminuta capacidade de carga, seria apenas: 2 capacetes integrais, 2 capacetes abertos, 3 pares de luvas de verao, 2 pares de inverno, 2 pares de meia estaçao, 1 blusao, 8 T-shirt`s, 1 cadeado, 2 malas laterais, 1 top case, 4 pneus...