Lagos - Vila do Bispo

Começou calmo, este dia turbulento....
Na casa de um greenkeeper, começa-se cedo. Chocapic e TV na companhia de uma família, é sempre um belo acordar. Feitas as despedidas, voltámos à nossa rotineira pedalada matinal, em fuga pelas variantes e circulares de Lagos.
Cidades para trás e Parque Natural da Costa Vicentina em frente, eis que as longas e calmas descidas e subidas se fazem sentir, com a ajuda de um belo vento lateral para refrescar e não suar muito. Muito bom, por enquanto...
Uma vez na Vila do Bispo, decidimos passar lá o nosso almoço e depois da já habitual visita ao mercado municipal, um jardim encontrámos onde passar a tarde.
Nos degraus de uma espécie de anfiteatro, a barraca do almoço foi montada, uma e outra e outra vez, pois o crescente vento teimava em apagar a chama do nosso Dragonfly! Depois de meia hora à procura de um canto sem vento, encontrámos o único que nas redondezas nos deixava cozinhar em relativa paz, desde que um de nós ficasse ao sol a guardar a chama do vento. Mesmo com o chapéu na cabeça e vento a refrescar, o calor das 13h fez-se sentir e um escaldão no pescoço, mais tarde apareceu...
Depois do almoço, o resto da tarde foi passada no centro cultural de Vila do Bispo, abrigados do vento que teimava em aumentar. Começámos a ver os planos de ir dormir à praia do Amado, muito complicados de realizar.
Tomada a decisão, virámos para Sul, rumo a Sagres e ao primeiro dos cantos da Europa que tencionamos conquistar. Com vento fortíssimo a favor, suave inclinação descendente e um bom piso de estrada, rapidamente fizemos os 10km até Sagres, quase sem pedalar sequer!
Fortaleza de Sagres tomada, foto da praxe na máquina e rapidamente começámos a nossa subida pelo Portugal.
Dez quilómetros... uns míseros dez quilómetros...
Contra um vento poderosíssimo, uma subida maldita, com as mudanças mais baixas e a velocidades de 5km/h, a fazer uma tremenda força para não deixar cair a bicla, quando chegámos de novo a Vila do Bispo, já não havia vontade, motivação ou força para mais uma pedalada sequer! Procurámos em vão um poiso de quatro paredes, um campismo abrigado do vento ou uns bombeiros sobrelotados que nos deixassem pernoitar sem vento.
Fizemos campismo selvagem, sem vento e sem forças sequer para fazer um decente jantar, por detrás dos muros de cimento do cemitério e da muralha de arbustos da estação de tratamento.
Bem diferente do início de dia...

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