Carvalhal - Vila Nova de Mil Fontes

De volta à bicla depois de um dia sem pedalar. Amanhecer encoberto, com cacimba no ar e vento a acompanhar, num dia de calor tropical.
A fugir da tribo SW pela manhã, passámos quase sem parar pela populosa Zambujeira do Mar, a caminho de caminhos alternativos junto ao mar.
Rápida foi a manhã, sem montes nem vales, com constante ritmo através de campos e planícies onde os bovinos deitados procuravam frescura de língua de fora.
O calor e as distâncias entre povoações nesta terra alentejana, impôs a paragem do almoço, em Cavaleiros. Até os nativos procuravam soluções para o húmido calor depois de perderem o seu spot favorito do largo em favor da nossa barraca do almoço.
À tarde, suor e calor puxaram à conversa o desejo de mais uma noite em parque de campismo com acesso a água infinita. Rumo à ilusória terra pitoresca de Vila Nova de Mil Fontes.
Por paisagens imutáveis atravessámos, até à rotunda de Almograve chegarmos e a placa "Praias" nos seduzir para um intervalo ao calor, dentro da fria água do Atlântico.
Em Mil Fontes, dois parques de campismo originaram a questão: "Qual deles?"
Má decisão tomámos ao sermos guiados pelo funcionário por um labirinto de tendas coladas umas às outras, colunas cuspidoras de ensurdecedora música e anedotas, fogueiras mal cuidadas e areia de lixo, no pior parque de campismo por onde entrámos de bicla. Má escolha tomámos ao passearmos pelas ruas da mal nomeada vila, em tudo similar a uma noite de verão nos piores subúrbios de Lisboa.
Sensata decisão em fazer campismo selvagem até Setúbal e de multidões fugir, fizemos ao adormecer, entre borracheiras vizinhas...

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