Gioia Tauro – Gizzeria Lido

Para pequeno-almoço esticámos a mão e tivemos citrinos! Claro!
Tirando as laranjas de Ribera, que até agora foram as melhores que já comemos, é importante que esclarecer que nada se compara às laranjas da Mónica. Não porque é nossa amiga, ou porque são portuguesas, ou algarvias, mas porque é verdade.
Acordámos cedo depois de uma noite de perfeito descanso.
Saímos com os sacos carregados de tangerinas fresquinhas acabadas de apanhar.
Uns bons quilómetros à frente, a meio da manhã, estávamos nós num muro na berma da estrada a manjar um pão antigo de Gallico, biscoitos e tangerinas, e dois ciclistas de estrada passam por nós. Entre o que mal percebemos terem dito, resolvemos corrigir e dissemos Portogalo mais alto, não fossem eles ficar com a ideia que éramos italianos. Voltaram para trás. Lembranças do magnífico Joaquim Agostinho, recordações dos tempos de juventude onde também eles faziam ciclo touring, umas trocas de emails e depois de nos ovarem com bravis, sorrisos e palmas continuaram o seu treino diário, no mesmo sentido que nós. Quando regressaram, voltaram a fazer-nos cócegas no ego e a obrigar-nos a sorrisos embaraçados, com mais bravis que gritaram do outro lado da estrada.
Ao almoço mais tangerinas comemos e ao jantar comemos tangerinas.
Numa paragem perto da hora de almoço, comprámos dois sacos de pizzas e pão, com direito a uma oferta de brioche e um barquinho de creme e chocolate, gentileza do empregado, sempre a sorrir e a irradiar energia por toda a padaria.
Os nossos amigos franceses, Tom e Pauline, e nós mantinhamo-nos em contacto através de sms. Por volta das 15h30, mais uma vez, estávamos já à procura de lugar para acampar. Avisámo-los do sítio onde pretendíamos chegar com antecedência, mas só mais tarde nos responderam e descobrimos que estávamos a 3 km de distância do seu acampamento. Nós ficámos perto da praia, num pinhal partilhado com eucaliptos, que pelo aspecto dos troncos tinha ardido à pouco tempo.

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